Tablet, o último dos Moicanos!
(Publicado no jornal O POVO em 03 de mai 2011)
Comprou um tablet? O Galaxy ou o iPodão do Steve? Tanto faz, você acaba de comprar o “top” de um velho modelo (Von Neumann), o último de um conceito em extinção. O tablet é descendente do famoso PC (computador pessoal), essa “rapadura eletrônica” que vem colonizando nossas vidas desde a queda do império IBM (mainframes), nos anos 90.
Nada de pânico! Você tem ainda, humm… 100 semanas (fez as contas, né?) pra curtir o seu tablet sem precisar resistir ao iPCd-2, o imPessoal Computer descartável (o 2 é só charme). É isso aí! Aquilo, que o chato com ar de inteligente (camiseta de Havard) chamará no boteco de “meu computador de última geração”, virá descartável, contextual e nas “nuvens”!
O iPCd-2, uma interface de serviços “on-line” (processados a distância), será distribuída feito pipoca por provedores dos novos serviços, como hoje o fazem as operadoras com os celulares tipo P (os Pebinhas). Segundo, estes serviços serão adaptados às suas características ou contexto (context-aware), sensíveis ao seu perfil (pense no “lixo” que hoje obtemos da Internet). Terceiro, como a banda larga será igual a oxigênio, seus dados estarão “nas nuvens” (cloud computing), algo parecido com o Dropbox (www.dropbox.com). Quinto, sistemas inteligentes monitorarão 24h sua saúde, segurança, agenda, geladeira, etc., (Internet of Things) integrando tudo de relevante no iPCd-2. Ah! Ia esquecendo o quarto: o iPCd-2 será dobrável e responderá a comandos de voz com a mesma facilidade com que dedilhamos nosso tablet (ótimo pra quem tá na cozinha). Disponível em hotéis, repartições (é o novo!), escolas, etc., será só pegar, usar… e devolver! O iPCd-2 estará “novo de novo”!
Enquanto os “Googles da vida eletrônica” não lançam o iPCd-2 (eu adoro o meu tablet), é lamentável pensar que a oitava economia do mundo é um desastre em inclusão digital. Que tal um bolsa-tablet? … VIXE!
Mauro Oliveira
PhD em Informática